Eu amo falar a respeito de Jesus à outras pessoas! Ele transformou a minha vida – da miséria de uma vida desperdiçada para o regozijo de viver para Ele.
Minha mãe era cristã e ensinou a mim e a meus irmãos sobre Jesus. Porém, a alegria saiu do nosso lar quando eu tinha 10 anos. Minha mãe morreu. Meu pai queria que eu frequentasse a igreja e tivesse uma vida decente. E eu queria fazer o que fosse correto. Porém, eu percebi que não podia.
Nós não tínhamos uma bela casa ou muitas das boas coisas que as outras pessoas tinham. Na escola, os meninos zombavam de mim, porque nós tínhamos somente roupas esfarrapadas e uma pobre alimentação. Eu deixei que me ridicularizassem por um tempo, mas depois eu comecei a reagir.
Uma coisa levou à outra. Eu comecei a fazer algumas coisas erradas e, em pouco tempo, elas se empilharam como montanhas, das quais eu não podia me livrar. Finalmente, eu disse: “Vou fazer o que eu quiser fazer, independentemente do que diz a lei”. Meus erros me alcançaram, e eu fui levado à corte judicial. Os oficiais da corte perguntaram: “O que é que vamos fazer com este menino, mandá-lo para um reformatório?” No meu coração existia miséria, porém, eu não podia mudar a maneira de como eu estava vivendo.
Finalmente, eu fugi de casa. Eu me tornei um andarilho, trabalhando aqui e ali. A vida era difícil. Muitas vezes eu dormia em vagões ferroviários vazios e me perguntava de onde o café da manhã viria. Quando eu fazia algum dinheiro eu o gastava em busca de diversão.
Maus hábitos me escravizavam. Eu fumava de quatro a cinco pacotes de cigarro ao dia. Amargura, blasfêmia e ódio estavam no meu coração.
Durante a Segunda Guerra Mundial, eu comecei a velejar pelos mares. Eu passei cinco anos em navios de combate e navios-tanque, servindo com outros homens que não se importavam com a vida.
Muitas vezes, Deus poupou o navio no qual eu estava. Eu via as minas flutuando quando passávamos por elas. Em tempos de combate, balas faiscantes e bombas explodindo, iluminavam o céu.
Um dia, enquanto eu estava parado sozinho na grade do navio, a miséria do meu coração me dominou completamente. Eu já não queria mais viver. Enquanto eu olhava para aquelas ondas sombrias, eu disse a mim mesmo: “Eu vou terminar com tudo isso. Eu vou pular no mar.” O diabo me disse: “Pule! Ninguém sentirá a sua falta!”
Porém, naquele momento, Jesus falou ao meu coração. Ele disse: “Se você pular, qual será o final?” Eu sabia que Aquela voz vinha do Céu, e eu não pulei. Mas, a miséria ainda estava no meu coração.
Numa noite, o meu navio parou em Portland, Oregon - Estados Unidos. Um homem da Igreja da Fé Apostólica estava no porto quando nós atracamos. Eu podia ver que ele não era como as pessoas com as quais eu andava. A paz estava escrita sobre o seu rosto.
Ele me perguntou se eu gostaria de ir à igreja com ele. Eu lhe disse que eu não estava interessado. Ele me disse, “Acho melhor você vir comigo. Lhe fará bem.” Eu não podia negar isto. O Espírito de Deus começou a trabalhar no meu coração. Depois que o homem se foi, eu corri até o porto e lhe disse que iria com ele na noite seguinte.
Na noite seguinte, assim que eu entrei no auditório da igreja, eu vi pessoas muito felizes. Isso foi uma surpresa para mim. Eu ouvi as mais lindas músicas que jamais havia escutado, e senti o Espírito de Deus em tudo que fazia parte do culto. Uma pessoa após a outra testificou da libertação que Deus lhes havia dado dos seus hábitos e desejos pecaminosos. Eles falavam de ter encontrado alegria e paz servindo a Jesus.
Naquela noite, eu percebi que havia uma oportunidade para sair da minha miséria e confusão. Eu não havia sentido lágrimas em meu rosto desde que eu era um menino, mas as lágrimas corriam na minha face, enquanto eu ouvia esta História maravilhosa. Aquelas pessoas me disseram que Jesus podia endireitar toda minha vida. À partir daquele momento, eu quis ser um cristão real.
Ao final do culto, eu fui até a frente e orei. O povo de Deus ajoelhou-se ao meu lado. Porém, aquele velho diabo ainda estava atormentando o meu coração. Ele disse: “Eles estão todos alinhados na sua frente e você pode dar uma pancada em vários deles, em um só golpe.” Eu havia lutado desde o tempo em que eu era jovem, porém, naquele momento, eu contive as minhas mãos. Eu não queria mais problemas!
Mesmo não tendo feito a oração da salvação naquela noite, eu tive um começo. Quando eu voltei a bordo do navio, a primeira coisa que eu fiz, foi limpar o meu vestiário. Eu joguei fora o meu cigarro pela portinhola. Pela água se foram algumas das coisas com as quais eu havia planejado me divertir no mar.
Eu comecei a ler a Bíblia. Eu não podia entender tudo o que lia, mas o que eu entendia tocava meu coração.
Um dia eu estava lendo a minha Bíblia no refeitório. Algumas pessoas da tripulação disseram: “Jogue essa coisa dentro da fornalha. Isto não vai te fazer nenhum bem.” E outro disse: “É melhor você ir ver um psiquiatra. Você precisa de ajuda.” Mas eu os ignorei.
Quando o meu navio regressou a Portland, meu único desejo era voltar à igreja e orar. De joelhos, eu busquei a Jesus sinceramente. Eu não sabia muito sobre oração, mas disse a Ele que estava arrependido dos meus pecados e que queria fazer do Céu a minha casa. E Jesus respondeu minhas orações! Ele veio ao meu coração, tirou o meu desejo de pecar e me deu uma paz e alegria real.
Jesus me libertou de todos os meus maus hábitos e maus caminhos. Num instante, minha vida mudou completamente. Todo aquele tumulto, amargura e descontentamento desapareceram. Pense sobre isso! De uma vida tão miserável, que até considerei a hipótese de suicídio, para a uma vida cheia de alegria e vitória, em um instante!
Meu contrato incluía mais uma viagem. Mas eu queria estar com as pessoas da Fé Apostólica, e o Senhor me permitiu. Eu recebi a notícia de que meu navio não iria navegar mais, então, eu estava livre para ficar em Portland!
Desde que Jesus me salvou eu tenho tido muitos anos de paz e satisfação. Eu tenho uma esposa cristã e quatro filhas. Tenho uma esperança gloriosa no Céu e me sinto bem por dentro. Jesus fez isso por mim.
Agora, eu amo contar a outros sobre Jesus. É uma alegria poder visitar os navios que atracam em nosso porto em Portland, convidando a outros para virem à igreja. Afinal de contas, alguém me convidou!